domingo, 24 de junho de 2012

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA


"Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará!"
 (Nossa Senhora, em Fátima)

* * *

ACTO DE DESAGRAVO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Como Vossos filhos, Mãe Santíssima, nós queremos amar-Vos e consolar-Vos sempre; mas hoje especialmente, ao ouvir as Vossas amargas queixas, desejamos desagravar o vosso doloroso e Imaculado Coração que a maldade dos homens fere com os duros espinhos dos seus pecados.

De modo especial Vos queremos desagravar das injúrias sacrilegamente proferidas contra a Vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus e nem Vos querem aceitar como terna mãe dos homens. Outros, não Vos podendo ultrajar directamente, descarregam nas Vossas sagradas imagens a sua cólera satânica.

Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações, sobretudo nas crianças inocentes, que são o Vosso encanto, a indiferença,
 desprezo e até ódio contra Vós.

Virgem Santíssima, aqui prostrados aos Vossos pés, mostramos-Vos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prometemos reparar com os nossos sacrifícios e orações tantos pecados e ofensas destes Vossos filhos ingratos.

Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às Vossas predilecções, nem Vos honramos e amamos como Mãe, mas antes entristecemos o Vosso Coração e o do Vosso divino Filho, suplicamos para os nossos pecados misericordioso perdão.

Para todos quantos são Vossos filhos e particularmente para nós, que queremos amar-Vos como Mãe muito querida e nos consagrarmos inteiramente ao Vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio nas angústias e tentações da vida e o caminho que nos conduza até Deus, que esperamos gozar eternamente no Céu.
 
Amém.
 

À hora da morte


Meu Jesus, perdoai-nos,
Livrai-nos do fogo do Inferno
e levai as almas todas para o Céu,
principalmente as que mais precisarem
da Vossa Misericórdia.

* * *

A morte é a separação da alma do corpo e o total abandono das coisas deste mundo.

Todos sabem que um dia devem morrer, mas ninguém sabe onde e como morrerá.

Não sabes se a morte te surpreenderá na tua cama ou no teu trabalho, na estrada ou outro lugar. A ruptura de uma veia, um enfarte, um tumor que talvez já esteja a crescer neste momento no teu organismo, uma queda, um acidente, um terramoto, um raio e outras mil causas de que nem suspeitas agora, podem privar-te da vida. E isto pode acontecer daqui a um ano, daqui a um mês, uma semana, a uma hora e, talvez, apenas terminada esta leitura!

Quantos se deitaram à noite com boa saúde e de manhã foram encontrados mortos! Quantos ainda hoje morrem de improviso! E onde se encontram agora? Se estavam na graça de Deus, felizes deles! São para sempre bem-aventurados. Mas se estavam em pecado mortal, agora são eternamente perdidos!

Diz-me, meu caro jovem, se tivesses de morrer neste instante, que seria da tua alma?

Esperemos que a tua última hora não venha de repente, mas aos poucos, por uma doença terminal e comum. De qualquer modo virá um dia em que, estendido na cama, estarás prestes a passar à eternidade assistido por um sacerdote e cercado por parentes que choram.

Terás a cabeça dolorida, os olhar vago, a língua ressequida, um suor gélido e o coração fraquíssimo. Assim que expirares, o teu corpo será vestido e colocado num caixão. Aí os vermes começarão a comer as tuas carnes, e bem depressa nada de ti restará a não ser poucos ossos descarnados e um pouco de pó.

Meu caro filho, ao ler estas linhas, lembra-te de que elas falam de ti, como de todos os outros homens! Agora, o Demónio, para te induzir a pecar, procura desviar a tua atenção destes pensamentos e fazer-te não sentir culpa, dizendo-te não ser um grande mal aquele prazer, aquela desobediência, aquela omissão da Missa no Domingo ou em dia santo, e assim por diante; mas quando chegar o momento da tua morte, será ele mesmo que vai revelar-te a gravidade destes e dos outros pecados, e vai lançá-los diante da tua consciência. Que farás então? Ai de ti se, naquele momento, te encontrares em pecado mortal e na desgraça de Deus!

Não te esqueças, meu jovem amigo, de que daquele momento depende a tua eterna salvação ou eterna condenação.

Duas vezes temos diante de nós uma vela acesa: no Baptismo e na hora da morte. A primeira vez para fazer-nos ver os preceitos da Lei Divina que devemos cumprir, e a segunda para fazer-nos ver se os cumprimos. À luz daquela vela quantas coisas verão! 

À luz daquela vela, verás se amaste a Deus ou se O desprezaste; se honraste o Seu santo Nome ou se O blasfemaste; verás as festas profanas a que assististe, as Missas perdidas, as impurezas cometidas, os escândalos dados, os furtos, os ódios, as soberbas

Oh! meu Deus, verei tudo naquele momento em que se abrirá diante de mim a porta da eternidade!

Grande e terrível momento do qual depende uma eternidade de glória ou de sofrimentos!  Estás a compreender o que te digo? Eu digo que daquele momento depende ir para o Céu ou para o Inferno; ser para sempre feliz ou desesperado; para sempre filho de Deus ou escravo de Satanás; para sempre gozar com os Anjos e os Aantos no céu ou gemer e queimar para sempre com os condenados no inferno!

Por isso, prepara-te para aquele grande momento fazendo já um acto de contrição e, o mais depressa  possível, uma boa e santa confissão.
Decide-te, depois, a viver sempre na graça de Deus, porque 

COMO SE VIVE ASSIM SE MORRE!

Pai Nosso…


Natividade de São João Batista - 24 de Junho

 

A Liturgia faz-nos celebrar a Natividade de São João Batista, o único Santo do qual se comemora o nascimento, porque marcou o início do cumprimento das promessas divinas: João é aquele « profeta », identificado com Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel para a sua vinda. 

Depois de Nossa Senhora, talvez seja João Batista o santo mais venerado pelos Cristãos.

Como a Santa Mãe de Deus, dele também se celebra a data de dois nascimentos: para a vida terrena, em 24 de junho, e para a vida eterna em 29 de agosto. Aliás, São João e Maria Santíssima eram parentes bem próximos.

Já no Antigo Testamento encontramos trechos que se referem a São João Batista, o Precursor: estrela da manhã que com o seu brilho excedia o brilho de todas as outras estrelas e anunciava a manhã do dia abençoado, iluminado pelo Sol espiritual de Cristo (Mal. 4,2). Ver Isaías.
 
Por causa de suas pregações, São João foi logo tido como profeta. 
Aquela categoria de homens especialmente escolhidos pela Providencia que, falando por inspiração divina, prenunciam os acontecimentos, ouvem e interpretam os passos do Criador na história, orientando o caminhar do povo de Deus.

Os Santos Evangelhos referem-se a ele como sendo um desses homens. 
Talvez como sendo o maior deles (Lc 7, 26-28), uma vez que com São João Batista a missão profética atingiu sua plenitude e ele é um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.

Os outros profetas foram um prenúncio do Batista. Só ele pôde apresentar o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo em pessoa como sendo o messias prometido, o salvador e redentor da humanidade.

O Evangelista São Lucas nos conta que João, o "Batista", o "Precursor", nasceu numa cidade do reino de Judá, perto de Hebron, nas montanhas, ao sul de Jerusalém e que era descendente do santo patriarca Abraão, iniciador da historia do povo de Israel.

Seu pai foi o sacerdote São Zacarias (da geração de Aarão) e sua Mãe foi Santa Isabel (da geração de Davi), prima da Virgem Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. 
São Lucas ressalta também as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento de João Batista: Isabel, estéril e já idosa, viu ser possível realizar seu justo desejo de ter um descendente quando o arcanjo São Gabriel anunciou a Zacarias, seu esposo, que ela daria a luz a um filho. O menino deveria chamar-se João e seria o precursor do Salvador.

Pela graça de Deus o menino não foi morto no massacre dos inocentes quando milhares de crianças foram assassinadas na região de Belém a mando de Herodes.

Alguns meses depois de engravidar-se, Isabel recebeu a visita de Nossa Senhora: "Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.

Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.

E exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio." (Lc 1:39-44).

Essas circunstâncias, impregnados de um clima sobrenatural, foram preparadas sabiamente pela Divina Providencia para que o papel de João Batista fosse realçado como precursor de Cristo. Esses fatos aconteceram por volta do ano 5, antes de Cristo, no território onde habitava a tribo de Judá.

Estando ainda em sua juventude, João retirou-se para o deserto. 
Nesse ambiente austero, recolhido e afastado dos homens ele preparou-se para sua missão. 
Vestido de pelos de camelo e um cinturão de couro, ele alimentava-se apenas de mel silvestre e gafanhotos. 
Com jejuns e orações, colocou-se por inteiro na presença do Altíssimo, levando uma vida extremamente coerente com seus ensinamentos. 
Permaneceu no deserto até por volta de seus trinta anos quando iniciou suas pregações às margens do rio Jordão.

A relevância do papel de São João Batista reside no fato de ter sido ele o "precursor" de Cristo. Foi ele a voz que clamava no deserto anunciando a chegada do Messias não cessando, jamais, de chamar os homens à conversão: "Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo". Em suas pregações Insistia sempre para que os judeus, pela penitência, se preparassem pois estava próxima a chegada do Messias prometido.

João passou a ser conhecido como "Batista" por causa da importância que dava ao batismo, um ritual de purificação corporal onde a imersão na água simbolizava a mudança de vida interior do batizado.

Não deixava nunca de salientar aos seus ouvintes e discípulos que "Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia! Eu também não o conhecia, mas vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel".


A missão do Precursor era preparar os caminhos do Messias. Vivia, portanto, na expectativa do encontro com Ele.

Não esperou muito tempo. Certo dia, notou a presença de Jesus no meio dos peregrinos. Tomado de sobrenatural emoção, inclinou-se para o recém-chegado, esquivando-se de Lhe dar o batismo: "Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!"

Respondeu-lhe, porém, Jesus: "Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa". Obediente, São João O imergiu no Jordão.

Logo que saiu da água, Jesus se pôs a orar. Então o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele na forma de uma pomba. "E ouviu-se dos céus uma voz: Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição".

Algum tempo depois de batizar o Messias, São João caminha para o martírio, deixando a cena histórica, como ele mesmo havia predito: "Importa que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3,30). 
Entrara em cena o Salvador, estava cumprida a missão do Precursor. Restava-lhe apenas o derradeiro ato de sua grandiosa vida: o martírio.

Conforme afirma São Tomás de Aquino, "todo o ensinamento e a obra de João eram preparatórias da obra de Cristo, como a do aprendiz e do operário inferior é preparar a matéria para receber a forma que há de introduzir o principal artífice".

João pregou também na corte de Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia. Foi ai que ele teve oportunidade de denunciar a vida escandalosa que o governante levava. E foi também essa denuncia que serviu de motivo para que João Batista fosse preso. Ele só não foi condenado à morte nessa ocasião porque o tetrarca sabia da popularidade do já muito conhecido pregador e temia a reação do povo diante dessa medida extrema.

Porém, como relata o evangelista São Marcos (6,21-29), aconteceu que durante as comemorações do aniversário de Herodes, Salomé, filha de Herodíades - mulher com a qual o governante mantinha um relacionamento irregular e imoral - agradou tanto ao aniversariante que este prometeu atender qualquer pedido feito pela moça.

Instigada pela mãe, ela pediu a cabeça de João Batista. Herodes cumpriu o que havia prometido: mandou degolar João Batista e sua cabeça foi trazida numa bandeja e entregue a Salomé.

"Entre os filhos de mulher, ninguém ultrapassa João Batista" (Lc 7,28): a vaidade, o orgulho, a soberba, jamais encontraram lugar em seu coração. 
Por causa de sua austeridade e de sua fidelidade cristã, ele foi confundido com o próprio Jesus Cristo, mas, imediatamente, ele retruca: "Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele." (Jo 3, 28) e "não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27). 

João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim ?" (Mt 3,14).

Quando seus discípulos hesitantes não sabiam a quem seguir, ele apontava na direção daquele que é o único caminho: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).

E dava testemunho de Jesus: "Eu vi o Espírito descer do céu, como pomba, e permanecer sobre ele. Pois eu não o conhecia, mas quem me enviou disse-me: Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, é ele que batiza com Espírito Santo. Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!"
 

Evangelho do dia 24/06/12 - Lucas 1,57-66.80


 O nascimento de João Batista
 
Lc 1,57-66.80

Chegou o tempo de Isabel ter a criança, e ela deu à luz um menino. Os vizinhos e parentes ouviram falar da grande bondade do Senhor para com Isabel, e todos ficaram alegres com ela. Quando o menino estava com oito dias, vieram circuncidá-lo e queriam lhe dar o nome do pai, isto é, Zacarias. Mas a sua mãe disse:
- Não. O nome dele vai ser João.
Então disseram:
- Mas você não tem nenhum parente com esse nome!
Aí fizeram sinais ao pai, perguntando que nome ele queria pôr no menino. Zacarias pediu uma tabuinha de escrever e escreveu: "O nome dele é João." E todos ficaram muito admirados. Nesse momento Zacarias pôde falar novamente e começou a louvar a Deus. Os vizinhos ficaram com muito medo, e as notícias dessas coisas se espalharam por toda a região montanhosa da Judéia.Todos os que ouviam essas coisas e pensavam nelas perguntavam:
- O que será que esse menino vai ser?
Pois, de fato, o poder do Senhor estava com ele.
O menino cresceu e ficou forte de espírito. E viveu no deserto até o dia em que apareceu diante do povo de Israel. 

Palavra da Salvação!

Fonte: www.paulinas.org.br

Santo do dia 24/06 - Solenidade do Nascimento de João Batista


Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.

São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou o seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho.

Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: "João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre".

O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”). Como nos ensinam as Sagradas Escirturas: "Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mateus 3,11).

Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa.

São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.

O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista" (Mateus 11,11).

São João Batista, rogai por nós!


Fonte: www.cancaonova.com 




quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mensagem do dia



Se houvesse amor não haveria fome.

Nem sempre é lixo o que se joga fora,
mas desperdício feito por capricho.
É luxo torpe que ao vilão devora
forçar os outros a catar no lixo.
Sinal de mesquinhez é sempre o luxo,
que tão fingidamente esconde o lixo
da pobre gente que, ostentando luxo,
faz gente pobre chafurdar no lixo.

Nem sempre o que se joga fora é lixo.
Também o desperdício faz o luxo,
forçando muitos a buscar no lixo
a sobra suja dos que têm só luxo.

Já não se sabe se é luxo ou lixo
toda sujeira que se esbanja à toa.
Chama-se luxo o que de fato é lixo,
na vida fútil, regalada e boa.
Nem só no luxo existe muito lixo.
Também no lixo se mistura o luxo.
Por imprudência seja ou por capricho,
pra este é lixo o que praquele é luxo.

Não teve luxo o Deus onipotente,
que veio ao lixo deste mundo e quis
salvar o luxo e o lixo desta gente
que só amando pode ser feliz.

Arnaldo Álvaro Padovani

Evangelho do dia 20/06/12 - Mateus 6,1-6.16-18

"Não" à hipocrisia 
Mt 6,1-6.16-18

- Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros. Se vocês agirem assim, não receberão nenhuma recompensa do Pai de vocês, que está no céu.
- Quando você der alguma coisa a uma pessoa necessitada, não fique contando o que fez, como os hipócritas fazem nas sinagogas e nas ruas. Eles fazem isso para serem elogiados pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando ajudar alguma pessoa necessitada, faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo do que você fez. Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa.
- Quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa.
- Quando vocês jejuarem, não façam uma cara triste como fazem os hipócritas, pois eles fazem isso para todos saberem que eles estão jejuando. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando jejuar, lave o rosto e penteie o cabelo para os outros não saberem que você está jejuando. E somente o seu Pai, que não pode ser visto, saberá que você está jejuando. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa. 
 Fonte: www.paulinas.org.br

Santo do dia 20/06 - Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha


Teresa, Mafalda e Sancha, filhas de Dom Sancho I e da Rainha Dulce, eram portuguesas.

Teresa, a primogênita, nasceu em 1177.
Desde de cedo, muito bem educada, sentiu o chamado à vida religiosa, mas conforme o costume do tempo, acabou sendo dada em casamento com o Rei Afonso e tornou-se Rainha de Lion. Por diversos motivos o casamento foi nulo. Ela voltou pra casa e entrou para a vida religiosa. Afonso não gostou e armou uma guerra contra o pai de Teresa e contra Portugal. Ela, já no convento, consumiu-se na intercessão. Um exemplo a seguir de despojamento e de busca da vontade de Deus.

Mafalda teve momentos parecidos com o de Teresa. Casou com Henrique I, mas este faleceu e ela retornou para casa, despojando-se de seus bens e entrando para a vida religiosa.
Viveu a total dependência de Deus.

Sancha: uma jovem que não se casou como acontecera com suas irmãs. Fundou um convento da Ordem Cisterciense em Coimbra, onde viveu as regras com fidelidade até sua morte.

No ano de 1705, as três irmãs portuguesas foram beatificadas.

Que sigamos o exemplo dessas mulheres de oração, que buscaram a vontade de Deus.

Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha, rogai por nós!


Fonte: www.cancaonova.com

Lembrar-se de Maria aos sábados


O dia de sábado, na liturgia, foi dedicado a Maria, na época carolíngia, com Alcuin (735-804), mestre de Carlos Magno (Supplément d’Alcuin : PL 101, 455-456)

     Não conhecemos o motivo pelo qual Alcuin desejou dedicar a Maria as intenções da liturgia dos sábados, mas nos séculos consecutivos, teólogos e liturgistas como por exemplo, Humbertus de Romanis, mestre geral dos monges pregadores, dominicanos, propuseram até sete motivos para esta escolha:
     1 - O sábado, mais que os outros dias da semana, é o dia abençoado por Deus "Deus abençoou o sétimo dia e o santificou" (cf. Gn 2, 3) e Maria é a "bendita entre as mulheres" (Lc 1, 42)
     2 - O sábado é o dia santificado por Deus e Maria é aquela "cheia de graça" (cf. Lc 1, 28), é justo, pois, dedicar o dia santo à Maria Santíssima. E mais; sábado foi o dia em que Deus finalizou, rematou a obra da natureza e, em Maria, Ele concluiu a obra da graça.
     3 - Sábado é o dia em que Deus repousou, após toda a obra que fizera, a obra da criação (cf. Gn 2, 2). Porém, o verdadeiro "repouso" de Deus é Maria a quem a liturgia aplica (Ecl 24, 8) "Aquele que me criou armou e repousou em minha tenda" porque Deus encontrou repouso em seu tabernáculo (Sl 18, 6). Humberto diz: "O sábado e a Virgem estão, pois, associados: o sábado é o dia, e Maria é o lugar em que Deus repousa".
     4 - Assim como o sábado é a porta que introduz o domingo, Maria foi a porta, pela qual o Cristo entrou no mundo;

     5 - Assim como o sábado é o dia que se situa entre a sexta-feira dolorosa - da Paixão de Nosso Senhor - e o domingo ditoso da Sua Ressurreição, não sendo possível passar da tristeza à glória sem esta travessia, Maria está, igualmente, situada entre nós, viventes, na Terra do exílio, e Cristo glorioso já está no Céu. Existe, então, uma consciência da função medianeira de Maria. Humbertus diz: “nec de poenis hujus mundi ad gaudia coeli potest aliquis transige, nisi per ipsam Mediatricem mundi.”.
     6 - No sábado, como Jesus jazia no sepulcro e os Apóstolos, incrédulos e desencorajados, estavam escondidos "por medo dos Judeus" (Jo 20, 19), a fé da Igreja se concentrou, inteiramente, em Maria; então, a cada sábado, lembramo-nos da Virgem que, confiante, acredita e espera a Ressurreição do Filho;
     7 - A Mãe de Jesus também demonstrou sua preferência pelo sábado, na Igreja de Blacherne, em Constantinopla. A cada sexta-feira, à noite, sem a intervenção de qualquer mão humana, o véu que cobre o Ícone da Theotokos (Mãe de Deus), aparece suspenso no ar, mostrando-se aos fiéis até a sétima hora do sábado, quando, sem qualquer intervenção humana, ele novamente se cobre e retorna ao local habitual. Mesmo estando o Ocidente separado do Oriente, Humbertus evoca este milagre. 

domingo, 17 de junho de 2012

Solenidade do Imaculado Coração de Maria

Solenidade do Imaculado Coração de Maria - 16/junho

Liturgicamente a festa do Imaculado Coração de Maria 
é celebrada no sábado seguinte ao segundo domingo de Pentecostes. 

A Devoção ao Imaculado Coração de Maria  

A devoção ao Coração Imaculado de Maria germinou na era patrística e desenvolveu-se na Idade Média e nos tempos modernos, por obra de São Bernardo, de Santa Gertrudes, de Santa Brígida, de São Bernardino de Sena e São João Eudes. Este último foi o maior apóstolo do culto ao Coração de Maria, e em 1648 conseguiu obter a festa do Bispo de Autun (França). A Santa Sé mostrou-se-lhe favorável ao início do século XIX, até que, em 1805 Pio VII concedeu a celebração da festa às Dioceses e às Congregações religiosas que lhe faziam pedido. Mais tarde (1855), Pio IX aprovou a Missa e o Ofício próprios. Durante a última grande guerra (8 de dezembro de 1942), Pio XII fez a consagração da Igreja e de todo o gênero humano ao Coração Imaculado de Maria e, três anos após (1945), estendia a festa à Igreja universal.
O objeto primário da festa do Coração Imaculado de Maria é a sua mesma pessoa. O objeto secundário é o Coração simbólico, isto é, o coração físico da Virgem enquanto é símbolo de seu amor e de toda sua vida íntima. O Coração Imaculado de Maria é a expressão de todos os seus sentimentos, afetos, e, sobretudo, de sua ardentíssima caridade para com Deus, para com seu Filho e para com todos os homens, que lhe foram confiados solenemente por Jesus agonizante.
A Festa sugere o louvor e ação de graças ao Senhor por nos haver dado uma Mãe tão poderosa e misericordiosa, à qual nos podemos dirigir confiantemente em qualquer necessidade. Inspira também que conduzamos uma vida segundo o coração de Deus e que peçamos à Virgem Santa a chama de uma ardente caridade.

 
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A Devoção a partir das Aparições de Fátima 
 

A devoção ao Imaculado Coração de Maria foi fortalecida a partir das aparições de Fátima. Na 2ª aparição (13/06/1917) a Senhora disse claramente à vidente Lúcia: "...Jesus quer servir-se de ti para estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração... Não te desanimes. Eu nunca hei de te deixar. O meu Coração Imaculado será o teu amparo e o caminho que conduzir-te-á até Deus".
Lúcia descreve o final dessa 2ª aparição assim: "No momento em que Ela disse essas palavras, que abriu as mãos... Na palma da mão direita da Senhora havia um Coração cercado de espinhos, que pareciam estar bem cravados nele. Compreendemos que era o Coração Imaculado de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade, que necessitava de reparação".
Na 3ª aparição (13/07/1017) na qual as crianças tiveram a terrível visão do inferno, a Senhora disse: "Vocês viram o inferno, onde vão as almas dos pobres pecadores. Para salvá-las, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Coração Imaculado. Se for feito como eu direi, muitas almas se salvarão e haverá paz...". Em seguida, explicou o que aconteceria, descrevendo detalhes sobre as perseguições à Igreja, sofrimentos que o Papa e os fiéis teriam que passar, mas encorajou os videntes e nos conforta ainda hoje com essas palavras: "...Mas no fim o meu Coração Imaculado triunfará".
Diante da visão infernal, a Senhora também ensinou a eles uma oração que deveria ser rezada cada vez que oferecessem a Jesus seus sacrifícios e sofrimentos, como sinal de reparação: "Ó Jesus, é por amor Vosso, para a conversão dos pecadores e como reparação dos pecados cometidos contra o Coração Imaculado de Maria!".

Fica aqui o convite para sermos nós, nos dias de hoje, também reparadores dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças que ferem e ofendem o Sagrado Coração de Jesus cuja Solenidade celebraremos no dia 15 de junho, e o Imaculado Coração de Maria no dia 16 de junho.
Salve Maria!

Autora: Maria do Rosário
Fonte: Revista Brasil Cristão - junho/2012
 
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Oração de Consagração ao Imaculado Coração de Maria

“Doce e Imaculado Coração de Maria, eu me consagro a vós. 
Guardai-me de todo mal, de todo pecado
 e restabelecei em mim a paz e a harmonia interior. 
Fazei de mim, minha Mãe, 
verdadeiro (a) devoto(a) do vosso Imaculado Coração 
e daí- me, por esta santa devoção, a graça da pureza e da santidade. 
Que a vosso exemplo, o meu coração possa também guardar 
todas as palavras de vosso Filho Jesus. 
Rogai por mim, ó Mãe Santíssima, 
Para que eu seja digno(a) de vosso amor 
e das promessas de Jesus. 
Amém.”

Protestante “ora”, católico “reza”. Meu Deus, quanta desinformação!

Quantas vezes você já não ouviu esse paralelo ignorante que alguns protestantes fazem em relação a essas palavras? Quantas vezes você já não foi questionado a respeito de seu uso e desuso e, por fim, quantos de nós católicos também caem nessa falácia de que uma difere e profana a outra. ESTUPIDEZ e IGNORÂNCIA. Veremos que isso nada tem haver com que uma grande parte da população atual menciona como certo e errado.
Vermelho ou encarnado? Um termo vale o outro, com a diferença de que “vermelho” é da língua literária, “encarnado” da língua popular. Igualmente, “oração” é palavra clássica, ao passo que “reza” é da língua caseira. Mas o mesmíssimo significado: A elevação da mente e do coração a Deus, para o adorar, agradecer e pedir-lhe as graças de que necessitamos. É somente isto a vontade de Deus, não lhe interessa o som das palavras, diferentes nas várias línguas.
Isso vale aqueles que, destituídos de um mínimo de cultura ou honestidade intelectual, fazem das duas palavras, “oração” e “reza”, um cavalo de batalha. “Nós oramos os católicos rezam: logo, os católicos estão errados”. Os desinformados e/ou desonestos precisam saber que “oração” “orar” (sem necessidade de remontar ao hebraico “Or” (Luz)), são palavras originadas do latim, língua de Roma e, portanto, língua legítima da Igreja Católica: (Oratio , orare). Até a aparição dos primeiros protestantes (1520), foram de exclusividade nossa, na liturgia da Igreja Ocidental. Querer vender-nos o que é nosso é crime de estelionato!
Sendo um pouco mais específico Orar vem do latim orare; e rezar, do latim recitare, que também deu em português recitar. Já em latim, os verbos orare e recitare têm sentidos muito próximos: o primeiro significa “pronunciar uma fórmula ritual, uma oração, uma defesa em juízo”; o segundo, “ler em voz alta e clara” (portanto, o mesmo que em português recitar). Entretanto, para orare prevaleceu na latinidade e nas línguas românicas o sentido de rezar, isto é, dizer ou fazer uma oração ou súplica religiosa (cfr. A. Ernout–A. Meillet,Dictionnaire étymologique de la langue latine — Histoire des mots, Klincksieck, Paris, 4ª ed., 1979, p. 469).  

Nós, católicos, damos ao verbo rezar um sentido bastante amplo e genérico, e reservamos a palavra oração mais especialmente — mas não exclusivamente — para os diversos gêneros de oração mental, como a meditação, a contemplação etc. Não há razão, portanto, para fazer dessa ligeira diferença, comum nos sinônimos, um tema de disputas.
Os protestantes, entretanto, salientam a diferença por dois motivos. Primeiro, porque para eles serve de senha. Com efeito, acentuando arbitrariamente essa pequena diferença de matiz entre as palavras, eles utilizam orar em vez de rezar, e assim imediatamente se identificam como crentes (como diziam até há pouco) ou evangélicos (como preferem dizer agora). Isso tem a vantagem, para eles, de detectar entre os circunstantes os outros protestantes que ali estejam. É um expediente ao qual recorrem todas as seitas dotadas de um forte desejo de expansão, como é o caso dos protestantes no Brasil.
Por outro lado, a oração, para os protestantes, não tem o mesmo alcance que para nós, católicos. Enquanto para nós o termo oração engloba todos os gêneros de oração — desde a oração de petição até as orações de louvor e glorificação de Deus — os protestantes esvaziam a necessidade da oração de petição, que para eles tem pouco ou nenhum sentido. Com efeito, como nós, católicos, sabemos, a vida nesta Terra é uma luta árdua, em que devemos pedir a Deus em primeiro lugar os bens eternos, e depois os bens terrenos de que temos necessidade. É o que ensinou Nosso Senhor Jesus Cristo.
Até ontem, quando a Missa era em latim, assim como ainda hoje em boa língua portuguesa, o termo clássico era de uso comum, durante a Missa e ouvirão, mais de uma vez, o convite do celebrante: “Oremos!” E, uma vez o solene: “Orai irmãos para que nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai, Todo Poderoso”. Dizer que a Igreja não ora é no mínimo preguiça de pesquisar a verdade, a Igreja nunca fez distinção entre uma coisa e outra, pois via e continua a ver o mesmo significado em ambas as palavras, o que sempre foi real, os santos e santas que nos antecederam assim já nos demonstravam:
“Depois que ficava em oração, via que saia dela muito melhorada e mais forte.” Santa Teresa d’Ávila
“Assim como necessitamos continuamente da respiração, assim também temos necessidade do auxílio de Deus; porém se queremos, facilmente podemos atraí-lo pela oração.” São João Crisóstomo
“Ora et Labora!”Reza e trabalha! São Bento
“Sabe viver bem quem sabe rezar bem.” Santo Afonso Maria de Ligório
“A oração consiste em tratar a Deus como um pai, um irmão, um Senhor e um Esposo.” Santa Teresinha
“Quem começou a rezar não deve interromper a oração, em que pesem os pecados cometidos.”
“Com a oração poderá logo soerguer-se, ao passo que sem ela ser-lhe-á muito difícil. Não deixe que o demônio o tente a abandonar a oração por humildade” Santa Teresinha
Podemos perceber então que tal distinção não fazia e nunca fez parte da vida religiosa dos santos e santas da Igreja, como então continuarmos com esse paralelismo que, até entre os católicos hoje existe? Basta parar de acreditar na primeira besteira que se ouve e buscar a Sabedoria da Igreja de dois mil anos, que tem todas as respostas necessárias.
Ainda neste contexto perceberemos que nem mesmo o Catecismo da Igreja Católica difere uma coisa da outra, pois ao utilizar ambas demonstra que não existe e nunca existiu diferentes significados, podendo assim serem usadas sem problema algum de cometer um dito “erro”, vejamos: 

“A Oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus nos bens convenientes. De onde falamos nós, ao rezar?…” CIC 2559

“[...] Os Salmos alimentam e exprimem a oração do povo de Deus como assembléia, por ocasião das grandes festas em Jerusalém e cada sábado nas sinagogas. [...] Rezados e realizados em Cristo, os Salmos são sempre essenciais à oração de Sua Igreja.” CIC 2586

“A oração não se reduz ao surgir espontâneo de um impulso interior; para rezar é preciso querer. Não basta saber o que as Escrituras revelam sobre a oração; também é indispensável aprender a rezar, E é por uma transmissão viva (a Sagrada Tradição) que o Espírito Santo, na ‘Igreja crente e orante’, ensina os filhos de Deus a rezar.” CIC 2650
Fica evidente então a Sabedoria da Igreja e a Verdade que nela, através de Nosso Senhor, se expressa. Em outra Crítica protestante acerca da prática de tais palavras veremos, a seguir, o cuidado que devemos ter.
 
A CRÍTICA PROTESTANTE A RESPEITO DAS PALAVRAS REPETIDAS
 
Para sustentar que “não devemos orar repetidas vezes”, os protestantes, como diz a missivista, apelam para a Bíblia. Provavelmente se referem ao Evangelho de São Mateus (6,7): “Nas vossas orações, não queirais usar muitas palavras, como os pagãos, pois julgam que, pelo seu muito falar, serão ouvidos”.
A interpretação deste texto de São Mateus não é entretanto a que os protestantes lhe dão. Ele significa simplesmente que a eficácia da oração não decorre da loquacidade, mas sobretudo das boas disposições do coração. As disposições sendo boas, em princípio, quanto mais se reza, melhor! E o próprio Jesus Cristo Nosso Senhor deu o exemplo de uma oração longa e repetitiva no Horto das Oliveiras, quando, prostrado com o rosto em terra, rezou por mais de uma hora, dizendo: Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice; mas não se faça a minha vontade, e sim a vossa (cfr. Mt 26, 39-44; Lc 22, 41-45).
Quanto à necessidade da insistência na oração, no Evangelho de São Lucas (11, 5-8) se lê a impressionante lição do Divino Mestre: “Se algum de vós tiver um amigo, e for ter com ele à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, porque um meu amigo acaba de chegar a minha casa de viagem, e não tenho nada que lhe dar; e ele, respondendo lá de dentro, disser: Não me sejas importuno, a porta já está fechada, e os meus filhos estão deitados comigo; não me posso levantar para te dar coisa alguma. E, se o outro perseverar em bater, digo-vos que, ainda que ele se não levantasse a dar-lhos por ser seu amigo, certamente pela sua importunação se levantará, e lhe dará quantos pães precisar”.
A reiteração de nossos pedidos a Deus deve pois chegar a esse ponto da importunação, segundo o conselho do mesmo Nosso Senhor. E por aí se vê como os protestantes, abandonando a sabedoria da Igreja e arrogando-se o direito ao livre exame, se afastam da reta interpretação das Sagradas Escrituras, fazendo ilações lineares, sem levar em conta outras passagens sobre o mesmo tema, o que é indispensável para chegar ao verdadeiro sentido de todas elas.
Que Nosso Senhor sempre vos Ilumine e que vosso coração sempre tenha espaço para a Santíssima Virgem Maria!

Fonte: Blog Carmadélio

O que ainda atrai os homens a Deus e à sua Santa Igreja?

É o clamor destemido e a verdade que atrai.

É a Cruz que atrai: "Quando Eu for levantado, atrairei tudo a Mim" ( João 12,20).

Quando se levanta a Cristo, e a Verdade, bem alto, Ele atrai, tudo e todos, a Si.

Os homens, e especialmente a juventude,são atraídos pelo heroísmo, pela Parresia, e nunca pela frouxidão e pela covarde complacência, por um pacifismo falso, que só adia a derrota para amanhã. E que recebe, já hoje, imediatamente, a vergonha do silêncio cúmplice e covarde.

Sou feliz, porque combato, já que o Espírito Santo fez escrever na Sagrada Escritura que "Militia est vita homini super terram":A vida do homem sobre a terra é uma luta (Jó 7,10).


Sem luta não vale a pena viver, e a greja Católica é militante, e um católico que não está sempre em luta, em defesa da Fé possui uma alma tristemente aposentada.Não sabe você que o Crisma nos faz soldados de Cristo?

E o combater nos  traz enorme alegria, porque nos permite defender a Verdade católica, confirmar meus irmãos na Fé, e, muitíssimas vezes, converter inúmeras almas, graças aos argumentos que Deus põe em minha mente, ou na ponta de meus dedos, golpeando verdades em meu teclado, contra os sofismas e as mentiras dos hereges e dos inimigos de Deus, pois assim está escrito:

“Bendito seja o Senhor, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha e os meus dedos, para a guerra”. (Sl 144.1)

O meu combate tem um único objetivo: “Pregando a Verdade e confirmando os irmãos na verdadeira fé, com a graça de Deus construir Catedrais nas almas para que nelas possam habitar o Espírito Santo de Deus” ( Pierry de Craon).


E rogando sempre a Deus que perdoe este enorme pecador que sou, mas  que por almas e a defesa da fé lutou, pois assim está escrito:


“Irmãos: Pregar o Evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o Evangelho!Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. Em que consiste, então o meu salário? Em pregar o Evangelho oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o Evangelho me dá. Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do Evangelho eu faço tudo, para ter parte nele” (1Cor 9,16-19.22-23).

Preferiria você que eu fosse um católico mansinho, como infelizmente há tantos, sem fibra e sem argumento, sempre calados, diante dos ataques que se fazem à honra de Deus e da Igreja?Não! Jamais!

Quereria você que eu fosse um católico politicamente correto e pacificamente cúmplice de tantos covardes silêncios que tem dado a impressão que a Igreja não tem a verdade, e que os católicos não tem capacidade, ou não tem a coragem de se levantarem em defesa de Deus?Não! Jamais!

Preferiria você que eu fosse estimado pelos maus, por manter uma cordialidade superficial, que acoberta uma covardia profunda, ou a impotência de reagir, que eu fizesse muitos "amigos" que aplaudissem uma cumplicidade simpática? Que eu, para ser mais popular, e querido, e admirado, me calasse quando Deus é atacado?

Não!!! Jamais!!!Mas lutar, cantar, aceitar desafios, não temer e não tremer, e estar sempre na primeira linha de combate, quando se trata de defender a honra de Deus e a de sua Santa Igreja .

E se isso me trouxer o ódio dos maus, e se isso me trouxer desprezo, calúnias, isolamento e exclusões , como me trouxe de fato em minha vida muito feliz e muito alegre e agraciada por Deus,nisso estará minha honra, pois que Nosso Senhor nos disse: "Bem aventurados sereis quando vos insultarem e vos perseguirem, e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de meu nome" (Mt 5,11).

Parodio agora com  um poeta :"Ah se você soubesse, meu caro, que divertidas manchas, fazem, sobre nossa roupa, o fel dos invejosos e a baba dos covardes"! (Ah si tu savais , mon cher, que d´amusantes tâches font sur mon pourpoint le fiel des envieux et la bave des lâches! - E. Rostand, Cyrano de Bergerac).

E se você não compreendeu a felicidade que se encontra na luta pela Verdade, você nada entendeu do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
 

Será que você nem teria percebido que Ele, Nosso Senhor, passou sua vida pública polemizando continuamente contra os fariseus, contra os escribas e doutores da Lei ?

Você não percebeu que Jesus foi morto, na cruz, por ter polemizado durante três anos, denunciando os hipócritas de seu tempo?

Não acredito que você não o tenha percebido.

Será que hoje faltam os hipócritas?

Será que não há mais fariseus?

Ou será que há bem poucos cristãos que devem ser como outros Cristos, imitando a Cristo? E imitando Cristo, no combate doutrinário, que é a polêmica ?
 

Christianus, alter Christus.
O cristão é um outro Cristo. E Cristo foi combativo. Cristo foi um polemista. E tão polêmico que até hoje Ele causa a divisão.

Pois não nos disse Jesus:

"Não julgueis que eu vim trazer a paz à terra; Eu não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar o filho de seu pai, e a filha de sua mãe, e a nora de sua sogra" (Mt. 10, 34) ?

Eu escolhi a luta e aceitei a divisão. E isso é que me proporcionou uma vida bem feliz e bem alegre no combate.

Se tenho um defeito, é o de rir, talvez, um tanto demais. Rir dos inimigos de Deus. Rir de seus sofismas. Rir de suas mentiras, quando ficam desmascaradas.

E cantar!Cantar a felicidade de possuir a verdade e de ser fiel a ela.você não calcula como canto feliz, com minha voz gasta e rouca de tanto discutir e de tanto cantar.Cantar até na luta.Rir até no combate.

Estou no entardecer de minha vida cheia de lutas. E, olhando para o passado, verifico que sempre fui, graças ao bom Deus, muito feliz. Muito feliz. Imensamente feliz.Mesmo na cruz e no combate por causa da Cruz.

Quer você também lutar pela Fé ?


Caso a sua resposta seja sim, então junte-se nós !!!

À polêmica. Ao combate. Na defesa da Fé contra os ímpios, hereges e inimigos da Igreja. 
 
Fonte: Beraká