O
Céu
É
o lugar da eterna felicidade onde habitam os justos junto de Deus. São
Paulo descreve esta maravilha com palavras de forte esperança: “coisas
que os olhos não viram, nem os ouvidos, nem o coração imaginou,
tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam”
(1Cor 2,9). Santo Agostinho ensina: “Descansaremos e
contemplaremos e amaremos e louvaremos” (De civitate Dei, 22,
30: P.L. 41,804).
Como
viveremos no céu?
A
Sagrada Escritura nos dá a certeza de que o Senhor espera os salvos
com uma grande festa, na qual a alegria não mais acabará:
“...Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com
eles e serão o seu povo, e deus, mesmo estará com eles. Enxugará
toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, luto, nem grito,
nem dor, porque passou a primeira condição” (Ap 21,3-4).
Estaremos unidos aos anjos e santos glorificando e adorando a Deus: “...
vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda a nação,
tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono do
cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão... e todos os anjos
estavam ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro animais;
prostavam-se de face em terra diante do trono e adoravam a Deus”
(Ap 7,.11).
O Inferno
Podemos
negar a existência do inferno?
Não.
Do mesmo modo como o céu é o destino dos justos, o inferno é a
triste realidade para os que caminharam afastados de Deus pelo pecado.
Existe
uma comprovação bíblica sobre o inferno?
Sim,
pois trata-se de uma revelação que percorre a Escritura do Antigo ao
Novo Testamento.
Como
é apresentado o inferno no Antigo Testamento?
No
início da revelação bíblica não era clara a distinção entre o céu
e o inferno, fala-se simplesmente da habitação dos mortos: “...acendeu-se
o fogo de minha cólera que arde até o mais profundo da habitação
dos mortos” (Dt 32,22) (outros textos: 1Rs 2,6; Pr 9,18...).
lentamente forma-se a idéia sobre a separação entre os bons e os
maus, principalmente a partir dos profetas e dos salmos (cf. Is 66,24;
Sl 15,10; Sl 48,16...). nos dois últimos séculos do Antigo
Testamento, já é apresentada a crença da condenação dos ímpios: “Muitos
daqueles que dormem no pó da terra despertarão uns para a vida
eterna, outros para a ignomínia, a infâmia eterna” (Dn 12,2).
(Outros textos: Sb 4,19-5,23; 2Mac 7,9.11.14.23.)
Em
muitos outros trechos, temos dados importantes sobre os castigos do
inferno: Gl 5,19-21; Ef 5,5; 1Cor 6,9ss; 2Pd 2,1.4.12; Ap 14,9-11;
21,8...
Que
ensina o Novo Testamento?
No
Novo Testamento temos a revelação clara do inferno. João Batista
anuncia o Messias como aquele que “tem na mão a pá, limpará
seu eira e recolherá o trigo ao celeiro. As palas, porém,
queima-las-á num fogo inestinguível” (Mt 3,12). Jesus Cristo
referiu-se ao inferno como um lugar e estado de “fogo inestinguível
onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga” (Mc
9,43-44). Também falou deste tema por emio de parábolas: joio e o
trigo (Mt 13,24-30); rede do pescador (Mt 13,47-50); as dez virgens
(Mt 25,1-12); os convidados da ceia Lc 14,16—24): o rico e Lázaro (Lc
16,19-31).
Em
muitos outros trechos, temos dados importantes sobre os castigos do
inferno: Gl 5,19-21; Ef 5,5; 1Cor 6,9ss; 2Pd 2,1.4.12; Ap 14,9-11;
21,8...
Quais
as principais conseqüências do inferno?
São
principalmente duas: a separação eterna de Deus e o sofrimento dos
sentidos, causado pelo fogo eterno: “Retirai-vos, de mim
malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus
anjo” (Mt 25,41). Este fogo será diferente do fogo da terra
que, queimando, destrói. O fogo do inferno conserva os ímpios na dar
infinita do remorso e na certeza de que não haverá nova
oportunidade.
Não
é uma contradição ao amor de Deus afirmar que alguém possa ir para
o inferno?
Não,
pois Deus não deseja a condenação do homem, mas a sua salvação. A
Escritura é clara em afirmar que Deus providenciou o meio para o
homem se salvar: “Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo,
mas para que o mundo seja salvo por Ele” (Jô 3,17). O homem se
condena quando não aceita o que lhe é oferecido em Jesus Cristo.
O Purgatório
O
purgatório é um estado de purificação para onde vão os que estão
certos de ir para o céu, mas ainda devem se purificar de alguma
falta. Não se trata de um lugar intermediário entre o céu e o
inferno.
Qual
o fundamento bíblico da doutrina do purgatório?
O
texto mais claro é o de 2Mac 12,39-46, em que é apresentado Judas
Macabeu recolhendo uma coleta para mandar celebrar uma sacrifício
para o perdão dos pecados dos soldados mortos em batalha. Tal atitude
revela a crença na necessidade de purificação depois da morte: “...fez
uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil darcmas, para que
se oferecesse um sacrifício pelos pecados: um belo e santo modo de
agir, decorrente de sua crença na ressurreição” (2Mac 12,43).
No
Novo Testamento existe alguma alusão ao purgatório?
Temos
uma passagem bíblica na qual é sugerido um estado de purificação: “Se
pegar fogo, arcará com os danos. Ele se salvará, porém passando de
alguma maneira através do fogo” (1Cor 3,15). Vemos que São
Paulo nos diz que alguns nada sofrerão, mas outros, por causa das
suas obras imperfeitas, passarão por uma purificação, para em
seguida estar com Deus.
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